Resident Evil 5: Retribuição - Crítica
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Resident Evil 5: Retribuição - Crítica
Resident Evil 5: Retribuição - Crítica
Ninguém imaginaria que “Resident Evil” (baseado num dos videogames de maior sucesso entre os fãs) se tornaria uma das franquias cinematográficas mais longínquas da atualidade, chegando agora ao seu quinto episódio.
De sucesso modesto e gradual – os filmes a cada ano conseguem se superar nas bilheterias, sendo o quarto episódio o mais rentável até então (quem sabe por causa do 3D) com quase 300 milhões em caixa ao redor do mundo, a série soma quase 700 milhões de dólares. Seu apuro qualitativo é outra história, sempre rechaçado pela crítica, onde muitos profissionais inclusive se recusam a simplesmente avaliar os filmes, “Resident Evil”, vale lembrar, foi levado aos cinemas pelas mãos de Paul W. S. Anderson, um operário padrão de Hollywood (há quem diga abaixo do padrão), responsável por projetos como “Mortal Kombat”, “Alien Vs. Predador” e “Corrida Mortal”. Ano passado Anderson entregou a sua versão de “Os Três Mosqueteiros”, o que causou histeria na maioria dos críticos de cinema. Seja como for, ver Paul W. S. Anderson adaptando uma das mais clássicas obras literárias de todos os tempos, acrescentando suas piruetas de costume, muita pirotecnia, e acreditem, barcos voadores, é o suficiente para transformá-la em prazer culposo imediato.
O mesmo não acontece aqui, com sua quinta investida no universo de zumbis, e megacorporações perversas. O filme já começa com um erro claro em sua estrutura narrativa, que elimina a criatividade original. Na primeira cena, a ação retrocede, vemos as balas voltando para a pistola, lutas e saltos recuam a seu ponto de origem. Após uma breve narração da protagonista Alice (mais uma vez Milla Jovovich), do tipo “se você perdeu o último episódio foi isso o que aconteceu”, Anderson trata seu público de maneira não inteligente ao apresentar novamente a mesma cena, agora exibida de forma normal. O roteiro escrito pelo próprio Anderson tenta através da confusão e de uma falsa complexidade, disfarçar o fato de que não existe muito aqui. A impressão que fica é que o diretor achou que teria uma grande ideia para pelos menos mais dois filmes, e deixou o grande combate entre Alice, e seu aqui-inimigo Albert Wesker (Shawn Roberts), prometido no último filme, para um próximo. E nesse, por duas horas apenas encheu linguiça. Mesmo os fãs mais ardorosos não poderão esconder o sentimento de grande balela, de que foram enganados aqui.
Apesar de não achar nenhum dos filmes da série um primor, obviamente, não posso negar certo afeto (de nível do dito guilty pleasure) por alguns episódios, em especial o segundo e o terceiro. Justamente as produções em que Anderson atuou apenas como produtor. Esses foram os que mais tentaram se destacar, fugir da mesmice modificando não apenas a estrutura de sua trama, mas também aspectos técnicos, como a fotografia (azulada no segundo – que se passava quase todo à noite; e amarelada no terceiro, todo de dia num estilo “Mad Max”). “Resident Evil 5: Retribuição” parece pegar elementos de todos os outros da série, para como um retalho construir seu filme. Trazem de volta inclusive Michelle Rodriguez, a durona atriz-personagem do primeiro. Rodriguez, assim como todo o elenco, é extremamente mal utilizada. Por ser o segundo nome nos créditos do filme, ela recebe um gostinho a mais, e aparece interpretando outra versão, inocente e (pela primeira vez em sua carreira) feminina, de sua personagem vilanesca – uma das melhores coisas do filme, sempre a imaginei numa comédia romântica.
E nessa seguem Oded Fehr (Carlos), Kevin Durand (Barry), Boris Kodjoe (Luther), Sienna Guillory (Jill) e o novato Johann Urb (Leon), todos entrando mudos e saindo calados, debaixo de muitos tiros, lutas, e cenas de ação completamente genéricas. Nada empolga na última investida da série, e até mesmo os efeitos em 3D parecem tirados do filme anterior, com balas voando da tela, e as grandes criaturas com os martelos. Quem ganha mais destaque ao lado de Jovovich é a chinesa Bingbing Li (de “Flor da Neve e o Leque Secreto”), que interpreta Ada Wong, nome repetido ao lado do sobrenome incessantemente. A favor do filme, Jovovich, esposa do diretor, parece não ter perdido o gás ainda, e continua chutando e saltando aos 36 anos. Sua forma continua esbelta. Uma das coisas mais curiosas que reparava enquanto assistia ao novo “Resident Evil”, é que o filme não possui muitos diálogos. Não digo ser uma coisa ruim ou boa, mas quem sabe preguiçosa. Em variados longos trechos do filme, temos apenas a ação rolando, tanto que me fez pensar que as falas de todo o filme caberiam em apenas uma página de roteiro. E tem gente que ainda reclama de “O Artista”.
Ninguém imaginaria que “Resident Evil” (baseado num dos videogames de maior sucesso entre os fãs) se tornaria uma das franquias cinematográficas mais longínquas da atualidade, chegando agora ao seu quinto episódio.
De sucesso modesto e gradual – os filmes a cada ano conseguem se superar nas bilheterias, sendo o quarto episódio o mais rentável até então (quem sabe por causa do 3D) com quase 300 milhões em caixa ao redor do mundo, a série soma quase 700 milhões de dólares. Seu apuro qualitativo é outra história, sempre rechaçado pela crítica, onde muitos profissionais inclusive se recusam a simplesmente avaliar os filmes, “Resident Evil”, vale lembrar, foi levado aos cinemas pelas mãos de Paul W. S. Anderson, um operário padrão de Hollywood (há quem diga abaixo do padrão), responsável por projetos como “Mortal Kombat”, “Alien Vs. Predador” e “Corrida Mortal”. Ano passado Anderson entregou a sua versão de “Os Três Mosqueteiros”, o que causou histeria na maioria dos críticos de cinema. Seja como for, ver Paul W. S. Anderson adaptando uma das mais clássicas obras literárias de todos os tempos, acrescentando suas piruetas de costume, muita pirotecnia, e acreditem, barcos voadores, é o suficiente para transformá-la em prazer culposo imediato.
O mesmo não acontece aqui, com sua quinta investida no universo de zumbis, e megacorporações perversas. O filme já começa com um erro claro em sua estrutura narrativa, que elimina a criatividade original. Na primeira cena, a ação retrocede, vemos as balas voltando para a pistola, lutas e saltos recuam a seu ponto de origem. Após uma breve narração da protagonista Alice (mais uma vez Milla Jovovich), do tipo “se você perdeu o último episódio foi isso o que aconteceu”, Anderson trata seu público de maneira não inteligente ao apresentar novamente a mesma cena, agora exibida de forma normal. O roteiro escrito pelo próprio Anderson tenta através da confusão e de uma falsa complexidade, disfarçar o fato de que não existe muito aqui. A impressão que fica é que o diretor achou que teria uma grande ideia para pelos menos mais dois filmes, e deixou o grande combate entre Alice, e seu aqui-inimigo Albert Wesker (Shawn Roberts), prometido no último filme, para um próximo. E nesse, por duas horas apenas encheu linguiça. Mesmo os fãs mais ardorosos não poderão esconder o sentimento de grande balela, de que foram enganados aqui.
Apesar de não achar nenhum dos filmes da série um primor, obviamente, não posso negar certo afeto (de nível do dito guilty pleasure) por alguns episódios, em especial o segundo e o terceiro. Justamente as produções em que Anderson atuou apenas como produtor. Esses foram os que mais tentaram se destacar, fugir da mesmice modificando não apenas a estrutura de sua trama, mas também aspectos técnicos, como a fotografia (azulada no segundo – que se passava quase todo à noite; e amarelada no terceiro, todo de dia num estilo “Mad Max”). “Resident Evil 5: Retribuição” parece pegar elementos de todos os outros da série, para como um retalho construir seu filme. Trazem de volta inclusive Michelle Rodriguez, a durona atriz-personagem do primeiro. Rodriguez, assim como todo o elenco, é extremamente mal utilizada. Por ser o segundo nome nos créditos do filme, ela recebe um gostinho a mais, e aparece interpretando outra versão, inocente e (pela primeira vez em sua carreira) feminina, de sua personagem vilanesca – uma das melhores coisas do filme, sempre a imaginei numa comédia romântica.
E nessa seguem Oded Fehr (Carlos), Kevin Durand (Barry), Boris Kodjoe (Luther), Sienna Guillory (Jill) e o novato Johann Urb (Leon), todos entrando mudos e saindo calados, debaixo de muitos tiros, lutas, e cenas de ação completamente genéricas. Nada empolga na última investida da série, e até mesmo os efeitos em 3D parecem tirados do filme anterior, com balas voando da tela, e as grandes criaturas com os martelos. Quem ganha mais destaque ao lado de Jovovich é a chinesa Bingbing Li (de “Flor da Neve e o Leque Secreto”), que interpreta Ada Wong, nome repetido ao lado do sobrenome incessantemente. A favor do filme, Jovovich, esposa do diretor, parece não ter perdido o gás ainda, e continua chutando e saltando aos 36 anos. Sua forma continua esbelta. Uma das coisas mais curiosas que reparava enquanto assistia ao novo “Resident Evil”, é que o filme não possui muitos diálogos. Não digo ser uma coisa ruim ou boa, mas quem sabe preguiçosa. Em variados longos trechos do filme, temos apenas a ação rolando, tanto que me fez pensar que as falas de todo o filme caberiam em apenas uma página de roteiro. E tem gente que ainda reclama de “O Artista”.
Fonte: Pablo Bazarello (Blog)
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