Horário de verão começa à zero hora de domingo

Horário de verão começa à zero hora de domingo



O horário de verão começa à zero hora deste domingo (21). Com isso, milhões de brasileiros que vivem nas cidades das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e do estado de Tocantins, terão que adiantar em uma hora os seus relógios.

Os celulares e computadores (Windows, Mac e Linux) deverão fazer a troca do horário automaticamente. Caso isso não aconteça, basta ir nas configurações de data e hora dos gadgets.
É a 42ª vez que o horário de verão é estabelecido no país - a primeira vez que o horário foi mudado foi 1931. Contudo, desde 1985, o governo estabeleceu que ele deve ser feito todos os anos. E há uma razão para ele acontecer no fim do ano: nesta época, acontece um aumento na demanda de energia, resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal.
Além disso, por causa da posição da Terra em relação ao Sol, os dias nesse período são mais longos, e a mudança de horário permite que se aproveite mais a luminosidade. A população, portanto, acaba gastando menos energia energia entre as 18h e as 20h.

De acordo com técnicos do governo, a desconcentração da demanda reduz o risco de problemas nas linhas de transmissão, nas subestações e no sistema de distribuição que poderiam afetar o fornecimento de energia elétrica.

O horário de verão deste ano vai se estender até 17 de fevereiro de 2013, primeiro fim de semana depois do Carnaval..Até lá, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que a iniciativa deva trazer economia de 280 milhões de reais, contra 130 milhões de reais um ano antes.

Há uma explicação para a expectativa: a redução na demanda de energia no horário de pico será de 4 a 4,5%, disse o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. "Com o sistema mais descarregado no pico, ele fica menos sujeito a interrupções e contingências." A redução do consumo no Sudeste no horário de pico durante o horário de verão será de 1.440 MW, no Sul e Centro-Oeste de 515 MW e no Tocantins de 11 MW, segundo o ONS.

Reservatórios - O diretor-geral do ONS disse que nos últimos dias o nível dos reservatórios de hidrelétricas caiu um pouco, mas a situação ainda é de conforto. Os reservatórios estão com 38,1 por cento da capacidade no Nordeste, com 42,5 por cento no Sudeste, com 47,2 por cento no Norte e com 39,4 por cento no Sul do Brasil.

A meta fixada pelo ONS para o fim de novembro é de 41 por cento para o Sudeste e de 33 por cento para o Nordeste. O custo pelo uso de térmicas na geração de energia este ano deve superar o 1 bilhão de reais do ano passado, segundo Chipp. "Estamos precisando de mais térmica para atender a ponta e isso vai ser mais que no ano passado", disse ele.

Nos últimos dez anos, a medida possibilitou uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de maior consumo. Isso significa que, no horário de maior pico, deixaram de ser consumidos cerca de 2 mil megawatts anuais, ou duas vezes a carga no horário de pico da cidade de Belo Horizonte ou 75% da demanda em Curitiba.